Índigo Indiano
Uma imersão pelo azul mais puro
Há alguns meses, embarcamos numa imersão na floresta de Payangam, Indonésia, em busca da cor mais potente da natureza: o Azul Índigo.
Rodeados pela sua própria plantação, Sebastian e Ayu cultivam, processam, tingem e ensinam a produção têxtil de índigo natural.
Influenciado pelo design japonês e minimalista, o espaço do estúdio é nada menos do que uma obra-prima meditativa.
Índigo Indiano
em técnica Shibori
Estudamos esse arbusto perene, da família Acanthacea, referido como Assam Indigo.
Na Ásia, é tradicionalmente cultivado nas condições favoráveis encontradas nas zonas montanhosas da Indonésia, China, Tailândia, Birmânia, Nordeste da Índia, Vietnã e Bangladesh.
É o único método tradicional de tingimento ainda utilizado pelas comunidades locais que vivem nestas regiões remotas.
Assam tem um elevado teor de corante e produz um tom escuro de anil em comparação com outras variedades. Ao contrário de outras plantas produtoras de índigo que são cultivadas a partir de sementes, Assam se desenvolvem muito bem quando cultivadas a partir de estacas, permitindo replantar os caules após a remoção das folhas para tingimento.
Dependendo da temperatura ambiente e da qualidade da água, a extração do corante índigo pode demorar entre dois a quatro dias.
Durante este período, verá a água tornar-se verde claro, depois azul e finalmente uma cor púrpura com bolhas e espuma que a acompanham.
Banho de Cor
A cada banho, uma nova tonalidade. Um processo onde o oxigênio e o índigo dançam juntos num imerso banho de cor.
Shibori: a técnica japonesa
Amarrações e criatividade formam estampas únicas.
Shibori é uma técnica de tingimento manual japonesa que consiste em costurar, dobrar, amarrar ou prender o tecido para então mergulhá-lo em tintura; as partes amarradas ou presas não são tingidas.
Tingimento natural da folha de Índigo Indiano
em meadas de algodão
Espero que agora você também tenha descoberto um enorme amor por este incrível método de tingimento natural.
Com amor,
Nati